O Pedro é um pobre coitado
Que dantes era ignorado
Até que um dia apostou
E noutros se pendurou
É uma criatura cinzenta
Mas ser colorido ele tenta
Suplicando um par de amizades
Que engulam as suas verdades
É chamado para discursar
Só lhe falta porém gaguejar
São lacunas de auto-estima
E do pouco que o anima
Chega a noite e está sempre só
Numa solidão de dar dó
Com um livro sobre o regaço
A fazer as vezes de abraço
Não quero ser maldizente
Preferia até ser indiferente
Mas tal tipo de comportamento
Já foi para mim um tormento
Pois usar e logo deitar fora
Enquanto o próprio melhora
De muito egoísmo é sinal
Desse ser tão artificial
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