Quando não encontrares fora
Porque dentro é que é o lugar
Não esperes agenda ou hora
Não deixes a coisa alquebrar
A coisa pode não ter nome
Ou não se conseguir contar
E ser responsável pela fome
Que jamais te vai saciar
Sempre que fizer sentido
Escutares a voz interior
Esquece o então prometido
Agarra esta com fervor
Não penses que é solitário
Este para dentro olhar
De facto até é gregário
Mais fácil outrem aceitar
Não és assim tão diferente
Daquele que te circunda
Que também carrega na mente
A mesma angústia profunda
Faz-lhe saber que te importas
Que seu padecer tu lamentas
E não lhe feches as portas
Se a sua casa frequentas
Dá e pede também atenção
Que esse cobertor não encolhe
Mas cuidado com a proporção
Quem pede depois não escolhe
Sem comentários:
Enviar um comentário