Na primeira, mesmo logo na primeira vez, acho que não correu lá muito bem. Foi tudo às apalpadelas, com pouca luz, tacteando a medo: um receio muito vivo de poder chocar sensibilidades, os lábios juntando-se hesitantes na dança envergonhada dos corpos. Nem a eito, nada feito.
Quem vem lá, quem não vem lá? A filha adolescente, a inquilina espanhola, a gata silenciosa, quase imóvel? Será isto certo, será que não quero? Será que, em o querendo, não quererá o meu par? Para quê tantas perguntas?, diz-me.
Na segunda, mesmo depois da segunda vez, a diferença foi gigante. Libertos os membros das amarras que os prendiam, foram da direita à esquerda, ao contrário dos ponteiros do relógio, sem receios, olhares, nem pausas, buscando plenitude no querer e rédea solta no prazer.
- Aquilo que sucedeu, não evitas tu nem eu
sábado, 15 de outubro de 2016
Provérbio incontestável
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