Se não sabes o que é o acaso
E procuras logo um dicionário
O melhor é não fazeres caso
Já que ele é tão arbitrário
O acaso a nós se assemelha
Pois como ele somos fortuitos
E às vezes quando dá na telha
Vagueamos sem grandes intuitos
Aquele que enfim nada deixa
Ao fruto do acaso e à sorte
Que depois não apresente queixa
Quando estiver às portas da morte
Não fez nada de modo errado
Mas fez coisas tão raramente
Por ter cada grama pesado
Julgando controlar o presente
A somar a estas pontas soltas
Atenta que do acaso te digo
Ao pôr-te a cabeça às voltas
Pode trazer sempre algum perigo
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