Portugal de escravos rasteiros
Simulando não ter pretensões
Que inveja os povos estrangeiros
E suas tão perfeitas nações
Que aqui quem quiser ascender
Há-de praticar a humildade
Que assim lhe permita esconder
Tanta falta de sinceridade
O sorriso como uma farda
Um ar meio tolo e contente
De pessoa sempre felizarda
Por não saber ser transparente
Enfileira atrás do rebanho
Evitando ir na dianteira
Próprio de um ser tão tacanho
Que não concebe fazer asneira
Assim sempre tão bem comportado
Nem por sombras dá algum mote
Há um acto em que é graduado
Sacudir a água do capote
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