Nunca adianta adiar
Nem negar com a cabeça
Vai ter de a terminar
É hábito da Maria
Deixar as coisas a meio
Mas que irritante mania
Se já está de papo cheio
A Ana que é religiosa
Convida-a para a novena
Mas a Maria está desejosa
De uma coisa mais terrena
Lá acaba por aceder
Por a outra ser insistente
E não ter mais o que fazer
Acompanha-a descontente
Uma vez na igreja gelada
A Maria está desconfortável
Que desculpa esfarrapada
Poderá ser aceitável?
Ninguém contudo a obrigou
A novena das seis frequentar
Mas agora que ajoelhou
Terá mesmo de rezar
Sem comentários:
Enviar um comentário