Cuidei que nós a água e o vinho:
Dois líquidos tão díspares que dizê-los assim a sua única semelhança
Eu toda transparente volátil esquiva
Água que refresca quando atravessa apressadas gargantas mas nunca sacia
Tu encorpado persistente no palato
Vinho que produz memória e cria novo olfacto
Mas tão enganada de nós era
Afinal como água e azeite somos:
Eu igualmente e apenas essa água furtiva
E tu o tempero que confere sabor
Tu uma espessa fonte de calor
Condenados à impossível mistura
Contas feitas és cheio da verdade que vem sempre ao de cima
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
Provérbio provado num verso branco - LXXII
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