Rascunho do que não fomos
1.
Do passado que não vivemos
Já sinto falta
Do futuro onde não estaremos
Já estou farta
O presente não faz um livro
Só este verso despido
Em que me dispo de ti
Quando falarem do casal do século vinte e um
Não dirão nada de nós
2.
As minhas avenidas são novas
O meu século é lá longe mais além
O meu tempo não tem ponteiros
Nem fronteiras ou desertos
As vielas onde me deito
Têm os olhos das corujas
Um dia é da caça outro do caçador
domingo, 4 de março de 2018
Provérbio provado num verso branco - XXIX
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